quarta-feira, 30 de abril de 2014

O NOVO MACHO DA MARILU (parte 6)

− Que cheiro de buceta.
− Oi?

Marilu recém tinha entrado no carro e dava o veredicto. Vlad ainda tinha se preocupado em perfumar o ar para tirar qualquer possível cheiro de sexo. Mas, pelo visto, não deu certo.

− Que buceta, meu amor? A única bucetinha que entra aqui é a sua.
− A minha não fede – rugiu ela.

Vlad se inclinou e beijou a boca da namorada. Outro erro.

− Adoro ver você brabinha.
− Sua boca está com bafo de buceta.

Ele não queria escândalo. Não era assim que pretendia acabar com o relacionamento. Pegou uma garrafinha de água e declarou:

− Foi a maldita cebola que comi no almoço. Puta que pariu, até agora com bafo ninguém aguenta. Desculpe, meu amor.

Marilu o olhou de lado. Ali tinha coisa. E ela iria descobrir.


Os dois foram para casa da Marilu. Ele deu uma desculpa e se enfiou logo debaixo do chuveiro para tirar todo o cheiro de sexo impregnado no corpo. Enquanto isto, lá fora, Marilu estava cheia de planos.

E muito furiosa.

Pegou o celular que estava dentro do bolso da calça dele e começou a procurar mensagens de outras mulheres. Já havia reparado que o Vlad andava meio estranho, meio arisco. Não negava fogo, mas de uns tempos para cá andava meio distante no sexo. Só podia ter alguma puta no meio.

E lá estava. Pelo menos umas cinco mensagens de vadias, combinando encontros, elogiando seus atributos, chamando-o de “amorzinho”. Marilu sentiu seus chifres alcançarem o teto. Ah, desgraçado! Depois de sustentá-lo durante meses era assim que ele retribuía? Grande filho da puta.

O castigo viria a galope.


Marilu agiu naturalmente a noite inteira. Preparou um prato especial com vinho e à luz de velas. Tudo sugeria que Marilu pretendia ter uma noite pra lá de romântica e selvagem, para terror de Vlad. Exausto, ele sabia que não teria condições de encarar uma trepada forte com a Marilu. E para piorar, nem tesão sentia mais. E agora como faria para sair desta roubada?

Ele comeu e bebeu com vontade, tentando desesperadamente recuperar suas energias. Sabe-se lá o que viria pela frente. Mal escutava os miados dela e algumas vezes segurava as mãos da Marilu pra disfarçar. Aos poucos os olhos dele começaram a ficar pesados e Vlad passou a vê-la voando na sua frente. Ele mal entendia o que a namorada falava e quando tentou pronunciar alguma palavra, a língua se enrolou. Foi então que se deu conta que a desgraçada o havia dopado.


Não houve tempo para desespero da sua parte. No momento seguinte Vlad já estava desmaiado, com o rosto enfiado dentro do prato de comida.

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