sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

COM ELE NA PRAIA - Parte 1 (erótico)




Verão é super bom. Pelo menos eu assim achava. Nossa casa na praia estava sempre cheia de gente, parentes principalmente, que por lá se instalavam para passar o verão. Meus pais, ótimos anfitriões, adoravam receber. Eu também. Mas depois dos 18 anos comecei a perder a paciência com a falta de privacidade. Tios, primos, amigos dos primos, vó, amiga da vó. Todo mundo tropeçando um no outro, colchões espalhados pela garagem e pela sala, barracas no jardim. Churrascada e pagode quase todos os dias. Por fim, perdi a paciência. Depois de um tempo decidi começar a passar o verão em outras paragens, com meus amigos ou o namorado de plantão.

Até que um dia decidi voltar para a casa dos meus pais na praia. Foi quando revi meu primo, o Fabinho.

*
Eu não via o Fabinho há uns dois anos. Ele nunca foi muito de ficar conosco na casa da praia, apesar de ser afilhado dos meus pais. Para falar a verdade, eu já nem lembrava dele direito e pouco ouvia falar na pessoa. Naquela temporada minha mãe abriu a casa já no Natal. A parentada veio chegando aos poucos. Os dias passavam e eu me perguntava até quando aguentaria aquela casa cheia e banheiro sempre ocupado. Não dei mais que dez dias como prazo para o meu saco estourar.

Era uma quinta-feira de janeiro quando meu pai comunicou que o Fabinho viria passar alguns dias com a gente na praia. Naquela época incrivelmente só estávamos nós, os donos da casa. Eu nem dei bola. Soube que meu primo viria com a namorada, quase noiva e logo minha mãe tratou de reservar um quarto só para o casal. Lá eu dividia o meu quarto com minha irmã mais nova, a Vanessa. Achei o cúmulo o Fabinho ter um quarto só para ele.

Ele chegou na sexta-feira quase ao meio dia. Eu recém estava voltando da praia, de biquíni e cabelo escorrendo água salgada. De longe percebi um carro estranho chegando e uma movimentação ao redor. Só o reconheci quando me aproximei do portão da casa. Meu Deus. Fabinho estava lindo.

Por algum motivo, minhas pernas tremeram. Resolvi respirar fundo para me acalmar. Fabinho tinha desenvolvido os músculos durante o tempo em que ficamos sem nos ver. O cabelo comprido batia no ombro e levantava quando soprava a brisa do mar. Fui descendo meu olhar para bunda e coxas. Tudo nele era apetitoso. Eu e Fabinho tínhamos apenas dois anos de diferença. Ele devia estar com uns 24 anos. De pura gostosura.

Foi quando me deparei com a namorada-noiva do meu primo. Ela também havia saído do carro, porém eu estava tão absorta devorando Fabinho com os olhos que nem tinha percebido aquela coisa aguada me encarando.
Ridícula. Foi isto o que eu pensei. Loira, de cabelo liso e bonita, ainda assim a namorada dele era sem sal. Ela percebeu o quanto eu babei por ele e por isto me encarou furiosa. Naquele momento eu decidi que transaria com o Fabinho. E se eu quisesse, até faria com que ele se apaixonasse por mim.

— Vitória, lembra do Fabinho? ─ meu pai perguntou, tentando fazer graça.

Fabinho olhou para trás e deu de cara comigo. Percebi que meu primo fez uma análise rápida de mim. Não consegui perceber se ele havia gostado ou não do que estava vendo.

— Oi, Vitória ─ cumprimentou aproximando-se de mim. Ele me deu um rápido beijo no rosto, mas eu ainda tive tempo de sentir o perfume gostoso dele.

— Oi, Fábio ─ respondi tentando controlar meu tesão. — Você está muito bem.

Acho que ele ficou um pouco constrangido, talvez por estar com a namorada junto, observando a tudo. Fabinho olhou para ela e a puxou para mais perto.

— Esta é a Claudia, minha noiva.

Noiva? Ex-noiva.

— Oi ─ disse eu, mas sem olhar para ela.

A vaca nem me respondeu. Minha mãe reparou no clima ruim que se formou e mudou de assunto, perguntando pela minha tia e o resto da família. Em pouco tempo estavam todos dentro de casa, inclusive eu. Enquanto meu pai os levava para o quarto onde ficariam, minha mãe me arrastou para um canto da cozinha. Pensei até que ela fosse me bater.

— Pensa que eu não vi seu olho comprido para o primo? Vitória, você não vai destruir mais um noivado.

Minha fama de destruidora de relacionamentos ainda reinava na família. Há mais ou menos cinco anos, minha tia mais nova, irmã da minha mãe, arranjou um namorado galã, muita coisa pra ela. Não tive dúvida. Na primeira oportunidade, em um churrasco familiar, eu o levei para o quartinho da empregada e transamos ali mesmo. Fomos flagrados e o escândalo foi geral. Minha tia terminou o namoro e se mudou para o Nordeste. Até hoje ela me odeia. Posso dizer que traumatizei minha família. Apertando o meu braço com força, Dona Neusa, minha mãe, parecia que ía entrar em surto.

— Você não vai nos envergonhar de novo!
— Assim você me ofende ─ respondi sem convicção, sabendo muito bem o que eu iria fazer.

Só fui ver meu primo de noite. Passei praticamente o dia todo na praia surfando e quando voltei encontrei Vanessa, Fábio e Claudia na varanda tomando chimarrão. A loira idiota nem olhou para o meu lado. Meu primo me cumprimentou bem comportado, mas percebi que havia um interesse disfarçado sobre mim.

— Mana, estamos combinando de ir ao Centrinho. Quer vir com a gente?

Era tudo o que eu queria. Claudia fez uma careta de nojo quando eu respondi que sim.

— Claro. Estou precisando comprar umas bijus para mim ─ era mentira. — Só preciso tomar um banho antes.
Fábio não falou nada, acariciando a mão da noiva. Vanessa disse, muito animada:

— Certo, mas não demore. Estou louca para tomar sorvete.

Tomei um banho caprichado, tirei todo o sal do cabelo e pus meu melhor perfume. 

Quarenta e cinco minutos depois apareci com um short curto jeans quase mostrando a 

bunda e uma miniblusa que mostrava minha barriga sarada e meu piercing de coelhinha 

da Playboy. 

... continua ...

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